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Margarida Maria Alves

Margarida Maria Alves nasceu no dia 5 de agosto de 1933, na cidade de Alagoa Grande, na Paraíba, sendo a filha mais nova de uma família de nove irmãos. Aos 11 anos, começou a trabalhar com o pai. Viveu no Sítio Jacu, zona Rural de Alagoa Grande, até os 22 anos. Sua família foi expulsa da terra por latifundiários e, assim, tiveram que ir morar na periferia da Paraíba. Depois desse episódio, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho e passou a se envolver na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais. Margarida entra para o sindicato em 1971 e permanece nele por 12 anos. Em 1973, aos 40 anos, torna-se Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, sendo uma das primeira mulheres a assumir um cargo de direção sindical no Brasil. Foi também uma grande ativista dos direitos humanos e trabalhistas no estado da Paraíba durante a Ditadura Militar. Esteve na frente da luta pelos direitos básicos dos trabalhadores rurais de Alagoa Grande, que envolviam carteira de trabalho assinada, 13º salário, jornada de trabalho de oito horas diárias e férias. Lutava também pelo direito dos trabalhadores cultivarem suas próprias terras, pelo fim do trabalho infantil nas lavouras e canaviais e defendia que essas crianças pudessem estudar.

 

Margarida completou a quarta série do Ensino Fundamental (atual quinto ano do Ensino Fundamental) depois de adulta e lutou pela escolaridade dos trabalhadores. Na sua gestão, criou um programa de alfabetização para adultos, buscando conscientizar e ensinar mais trabalhadores, nos moldes do educador Paulo Freire (1921-1997), já que muitos não sabiam sequer assinar o próprio nome.

 

Margarida Maria Alves é um dos maiores nomes da luta sindical do Brasil e seu discurso no Dia do Trabalhador proporcionou uma das suas mais famosas frases: “Da luta eu não fujo. É melhor morrer na luta do que morrer de fome”. Luiza Soares Ferreira, educadora que trabalhou no programa de alfabetização implantado por Margarida, descreve a coragem dessa mulher: “Eu via quando os trabalhadores rurais chegavam para contar sobre as ameaças. Ela estava sentada no birô dela, se levantava com o chapéu na cabeça, aquela sandália no pé, aquele vestido comprido franzido, também de manga comprida, e dizia: 'Meu filho, isso não vai acontecer, não. E eu não tenho medo. Eu não tenho medo de falar”.

 

Por conta da sua atividade e luta, Margarida vinha recebendo constantes ameaças. No dia 12 de agosto de 1983, ela foi assassinada na porta da sua casa, com um tiro no rosto, enquanto seu marido (que também era camponês) acompanhava o filho que brincava na calçada. O crime foi cometido por um matador de aluguel contratado por fazendeiros da região. O assassinato de Margarida foi motivado por questões políticas, já que no ano de sua morte cerca de 72 ações eram movidas na Justiça do Trabalho local contra estes fazendeiros e usineiros. O crime teve grande repercussão nacional e internacional, e foi denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A casa em que vivia e na qual foi morta se tornou um museu naquele mesmo ano.

 

Em 1988, recebeu postumamente o Prêmio Pax Christi Internacional, concedido pelo Movimento Católico Internacional para a Paz. Em 1994, foi criada a Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria Alves (FDDHMMA), uma entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos, substituindo o antigo Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese da Paraíba. Nos primeiros anos, a Fundação prestou apoio e assessoria para casos de violação de direitos aos movimentos sociais. Outro eixo de atuação era a questão do moradia e do solo urbanos. Atualmente, a Fundação busca atender as demandas dos grupos acompanhados; desenvolver ações para garantir o direito humano social de moradia; e implementar um programa de formação sobre as leis (Capacitação Legal). Em Alagoa Grande, todos os anos, a cidade relembra a sindicalista Margarida uma semana antes do aniversário de sua morte.

 

Seu papel foi tão importante que que motivou as pessoas a criarem, em 2000, a Marcha das Margaridas, reconhecida atualmente como a maior e mais efetiva ação das mulheres da América Latina. A Marcha das Margaridas é uma manifestação das mulheres trabalhadoras rurais brasileiras, que propõem dar visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania para as profissionais do cenário rural, ao discutir reivindicações específicas das mulheres da cidade e do campo, além de questões de interesse geral das trabalhadoras rurais. Esta marcha costuma ser realizada em datas próximas ao dia de aniversário da morte de Margarida Maria Alves.​​​​

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Fonte:

Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Margarida_Maria_Alves>. Acesso em 04 de maio de 2020. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/08/saiba-quem-foi-margaridaalves-sindicalista-que-da-nome-a-marcha-camponesa.shtml>. Acesso em 04 de maio de 2020.

Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2019/08/12/conheca-margarida-alvessimbolo-da-luta-por-direitos-para-as-trabalhadoras-do-campo/>. Acesso em 04 de maio de 2020.

Disponível em: <https://www.fundacaomargaridaalves.org.br/a-fundacao/>. Acesso em 04 de maio de 2020. 

Disponível em: <https://deolhonosruralistas.com.br/2019/08/16/de-olho-na-historia-imargarida-maria-alves-da-luta-nao-fujo/>. Acesso em 6 de maio de 2020. 

 

Fonte das imagens:

Disponível em: <https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwscom.com.br%2Freparacaosimbolica-de-margarida-maria-alves-foi-o-fato-mais-marcante-dos-direitos-humanos em2019%2F&psig=AOvVaw3kNOezP0PUHERnfvzroFHg&ust=1588716123215000&source=i mages&cd=vfe&ved=2ahUKEwj08tPympvpAhXwA7kGHaz-BEYQr4kDegUIARDWAQ>. Acesso em 04 de maio de 2020.

Disponível em: <https://i0.wp.com/www.polemicaparaiba.com.br/wpcontent/uploads/2015/08/margarida_alves.png?quality=95&strip=all&ssl=1>. Acesso em 04 de maio de 2020. 

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